[Aqualtune Viva] — Tecnologia e Poder
blog Celso Oliveira Tecnologia e PoderCelso Oliveira fala sobre os dados que fornecemos nas tecnologias digitais.
Celso Oliveira fala sobre os dados que fornecemos nas tecnologias digitais. Você sabia que existem as redes podem capturar seus dados e podem influenciar em pesquisas de comportamento e pesquisas eleitorais? Ao relacionarmos tecnologia, poder e eleição, devemos ter em mente que as mídias digitais podem ser um canal de aproximação e divulgação de ideias e também pode ser um canal de campanhas de desinformação. Os quatro eixos principais para atenção do uso das mídias digitais em época de eleitoral são:
1) acesso à informação: as redes sociais são canais de expressão dos candidatos e parlamentares. Saber como a/o parlamentar está agindo nas instituições democráticas é importante. Como pensam e quais as suas propostas? Desejam contribuir com a democracia participativa e democracia representativa? Essas respostas podem ser divulgadas nas redes sociais integradas.
2) novos candidatos precisam de alcance nas plataformas: criar as redes sociais e canais alinhados e seguir a legislação de campanhas eleitorais para as mídias digitais. Nós enquanto cidadãs e cidadãos devemos estar atentos às aparições de candidatos que não fazem parte da sua rede de contato. Esses posts podem ter sido impulsionados. Candidatos que não têm muito recurso podem criar uma rede de contatos para compartilhar seu plano de campanha.
3) combater as fake news: candidatos geralmente são alvos de campanhas de desinformação e precisam ter canais e estratégias para rebater esses ataques. Enquanto cidadãos, devemos estar atento às informações que recebemos e não compartilhar sem antes checar a veracidade com as agências de fast-cheking, como a Agência Lupa e Aos Fatos.
4) uso de psicologia social nas mídias digitais: o uso político de dados aliados às campanhas de fake-news devem ser estudados. O uso político de dados de eleitores induziu resultados de eleições pelo Mundo. Um dos casos mais famosos é o da agência Cambridge Analytica que utilizou os dados de mais de 50 milhões de usuários do Facebook para espalhar fake-news em favorecimento de campanha norte americana, em 2018. A mesma empresa usou essa tática na Europa, no plebiscito do Brexit. Devemos estar atentos às construções de perfis sociais que são utilizados de forma sem ética para direcionar e influenciar as pessoas em seus votos. Desafios e jogos de perguntas e respostas podem ser utilizados por essas agências mal intencionadas para identificar a sua suscetibilidade a algum tipo de propaganda.
Ter uma atitude consciente e preventiva nas redes digitais é essencial para proteção de dados nas redes sociais.