Reforçamos o alerta com a organização Criola, que desde 1992 atua na defesa dos direitos humanos e a defesa da saúde da mulher jovem e adulta.

Assinamos o documento Carta Aberta em Defesa da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), que já conta com mais de 600 assinaturas de organizações e ativistas negras de todo o Brasil, que denunciam retrocessos e reafirmam a importância de manter e fortalecer esta política pública essencial.
A PNSIPN, lançada em 2009, é uma conquista histórica da população negra no campo da saúde. Ela reconhece o racismo institucional como determinante social de saúde e propõe ações para garantir equidade no cuidado, valorização dos saberes ancestrais e participação social nos espaços de decisão.
Uma política para o presente e o futuro: digital, democrática e antirracista
Para o Aqualtune Lab, defender a PNSIPN é também enfrentar os novos desafios que surgem com a digitalização da saúde. A coleta e o uso de dados em saúde precisam estar alinhados à proteção de direitos e ao combate às desigualdades raciais. O racismo também se manifesta em algoritmos, na exclusão digital e no perfilamento de corpos negros por sistemas automatizados.
Nosso compromisso com a saúde da população negra está refletido em diversas frentes:
Participamos dos Comitês Consultivos e Deliberativos do Observatório de Saúde da População Negra, contribuindo com perspectivas interseccionais para o enfrentamento do racismo institucional.
Atuamos na construção da Carta de Agenda Aberta da Saúde Digital, lançada junto à Coalizão Direitos na Rede (CDR), IDEC e LAPIN (USP), defendendo uma agenda participativa, protetiva e equitativa na saúde digital brasileira.
Reforçamos o chamado: saúde da população negra é prioridade!
A adesão à carta da Criola reforça nossa atuação em defesa de uma saúde pública que respeite as vidas negras, os territórios, os saberes e os dados. Uma política de saúde integral só é possível com participação ativa da população negra, com justiça informacional e com orçamento garantido.