O Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (ENAJUN @enajun.fonajurd) é um marco na construção de um Judiciário mais diverso e equitativo no Brasil. Idealizado pelos juízes Edinaldo César Santos Júnior e Fábio Francisco Esteves, o evento nasceu em 2017 e, em 2024, chegou à sua 7ª edição, com o tema “Futuro, tecnologia e igualdade racial”, realizada entre 22 e 24 de novembro no Tribunal de Justiça da Bahia(TJ/BA).
A representatividade negra na magistratura segue sendo um desafio. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2023 mostram que apenas 14,5% dos magistrados no Brasil se autodeclaram negros. Em um cenário onde os servidores do Judiciário chegam a 29,1% de negros, há ainda muito a avançar para romper com o racismo estrutural. A Justiça do Trabalho tem os maiores percentuais de magistrados negros, mas o panorama geral reforça a urgência de ações afirmativas e reflexões profundas sobre inclusão racial no sistema judiciário.
Nesta edição, o Aqualtune Lab teve presença marcante por meio de sua codiretora executiva, Ana Carolina Lima, que compôs o painel “Racismo e novas tecnologias” ao lado de Pablo Nunes e Mayane Batista, sob a mediação da juíza Wanessa Araújo. A conferência de abertura ficou a cargo de Tarcízio Silva, também colaborador importante na trajetória do Aqualtune Lab.
Eventos como o ENAJUN não apenas ampliam o debate sobre raça, tecnologia e justiça, mas fortalecem a luta por um Judiciário mais representativo e conectado às demandas sociais. A participação de organizações como o Aqualtune Lab evidencia que o diálogo interseccional é essencial para moldar o futuro.